quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

No Trilho da Inclusão

"Este artigo visa projetar a inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais(NEE) no Ensino Profissional (EP). A EPNazaré dá os seus primeiros passoa neste apoio aos alunos que pode prevenir o abandono e o insucesso escolar.


Frequentemente ouve-se o termo "problemático" para definir um aluno com dificuldade de/na aprendizagem. As conotações negativas e desviantes do que são as dificuldades reais dos alunos não devem ser definidas com uma palavra que mentalmente associamos a comportamentos de oposição. Estas e outras formas erradas de comunicação traduzem a desvalorização e a falta de informação por parte dos agentes educativos sobre aquele que é o papel de cada um e aquelas que são as NEE dos alunos e que levam sistematicamente à sua Exclusão.


"...a inclusão das crianças e jovens com necessidades educativas especiais no quadro de uma política de qualidade orientada para o sucesso educativo de todos os alunos" e "...promover competências universais que permitam a autonomia e o acesso à condução plena da cidadania por parte de todos" são objetivos do Decreto-Lei nº3/2008 que propõe-se a aplicação na educação pré-escolar, ensinos básico e secundário setor público, privado e cooperativo. Não obstante as dificuldades de aplicação do DL extremamente burocrático e pouco pragmático, para uma intervenção de qualidade é necessário haver na Escola um sentido de comunidade; liderança; colaboração e cooperação; flexibilidade curricular e serviços; formação; serviços de educação especial; apoios educativos. Se pensarmos que a Escola possa ter todos os meiso mas que não existe o fundamental: a formação informal para todos os docentes e funcionários, continua-se teimosamente a tropeçar na Exclusão.


Essa procura de informação deveria partir de necessidades sentidas pelos agentes educativos bem como de iniciativas amplamente visiveis do Sistema Educativo (SE).


Simultaneamente, no EP verifica-se o aglomerar de alunos provenientes de CEF (Cursos de Educação e Formação) que não obstante, frequentemente, são encaminhados para CEF porque simplesmente faltam às aulas, ou estão em risco de chumbar. Incorre-se erradamente na desvalorização dos alunos que como seres biopsicossociais poderão ter dificuldades a outros níveis que não Educacionais e que lhes prejudicam os resultados escolares, nomeadamente, dificuldades emocionais. Estas situações revelam hábitos que há muito são rejeitados pela legislação: as Escolas só querem os bons alunos e as avaliações elaboradas pelos técnicos mostram-se constantemente ambíguas. E se na gíria se identifica o EP como mais facilitador, deve-se considerar que este reconhecimento não é de todo verdadeiro.


Deste modo, sente-se muita dificuldade em trabalhar com alunos NEE sobretudo quando se deteta que a alguns alunos foi negada ou dificultada a possibilidade de evolução escolar "normal". Serão as nossas escolas Inclusivas, ou teimosamente Exclusivas?


Parece urgente que técnicos, docentes, direção das Escolas e SE trabalhem com sentido de Comunidade, para que passemos a incluir melhor os alunos com NEE."




In Região de Cister




Patrícia Fonseca


Formadora e Psicóloga EPNazaré


Hoje.

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